Projeto Customizart

Projeto Customizart

Moda e arte caminhando juntas. Foi a partir dessa ideia que a Vicunha criou o projeto Customizart, composto por peças confeccionadas em índigos e brins Vicunha e customizadas por estilistas e artistas de diferentes estilos e técnicas. Como telas em branco, jaquetas e coletes jeans recebem interferências em tinta a óleo, pop e street art, pedraria, tapeçaria e bordados, que resultaram em artigos únicos e personalizados, de acordo com a inspiração de cada autor. Ivan Campaña, da Espanha, José Muñoz, do Uruguai, e os brasileiros Mozart Fernandes, Vitor Mizael, Idelza Digiere, Juliana Santos e Lorran Augusto foram alguns dos convidados para criar esses modelos inusitados. Expostas no showroom da Vicunha, as peças compõem a nova coleção Inverno 2014, e trazem ainda mais referências para o mercado jeanswear, combinando efeitos e texturas. “Nossa proposta é abordar o panorama multicultural da moda e das artes visuais trazendo referências de diferentes estilos e origens e fazendo uma conexão com nossos produtos.”, explica Renata Guarniero, gerente de marketing da Vicunha. Confira o conceito e resultado dos trabalhos desses talentos da arte e da moda que participam do projeto Customizart: 1st Avenue, de Ivan Campaña A jaqueta de corte feminino com mangas princesa feita com o índigo Blaine recebe texturas delicadas nas mãos do artista espanhol, “acariciando as formas da mulher que sabe de sua feminilidade”, segundo ele. http://ivancampana.com/ José Muñoz A inspiração do jovem artista uruguaio é a América do Sul e a Cordilheira dos Andes que atravessa quase todo o continente. Apaixonado pelas artes e cinema, Muñoz inovou ao aplicar a técnica de bordados na jaqueta confeccionada com o brim Fênix Premium, trabalho não tão familiar a ele, que foi se aperfeiçoando à medida que prosseguia.  Vejo, de Mozart Fernandes  Um curioso por suportes de pintura. Com uma série de lambes-lambes colados pelas ruas em mais de 30 países, Mozart Fernandes pinta o universo feminino, suas dores e amores, levando sua inspieração à moda. Sobre a sarja Madrid 100% algodão, base da jaqueta, o artista alerta sobre a violência contra a mulher. Mozart tem como parceira de criação Mônica Rodrigues Fernandes, juntos são os criativos da Vértices Cenografia Arte e Design. mozartfernandes.tumblr.com Nós, de Vitor Mizael A leveza da jaqueta de sarja (Fênix Premium) branca é o pano de fundo para o trabalho preciso do bordado das imagens dos pássaros, “utilizados como metáforas de nossa própria existência, evocando a sensação de liberdade”, explica o artista. Os bordados que compõem as figuras resgatam um feitio delicado, que somente o fazer-manual pode despertar. Por outro lado, um olhar atento perceberá que o alinhavo utilizado não é preciso, está solto num emaranhado de fios e nós, por vezes desfiados, apontando para um visual mais descompromissado com a técnica e comprometido com a expressão. “Os fios que pendem de uma figura a outra, formam uma teia de significações, seja para a composição plástica, seja para despertar camadas de significados: eles unem as figuras, ao mesmo tempo em que dificultam o ato de vestir, criando um impasse entre a questão funcional e o valor de fruição estética”, revela Vitor.   Juliana Santos A brasileira que faz sucesso em Nova York com sua marca de peças customizadas HOMJ (House of Mother Joana), apresentada ao País no programa Caldeirão do Huck (TV Globo), também foi convidada pela Vicunha. A jaqueta de base Blaine tem o tom rocker underground da Big Apple, cenário que inspira a designer a criar suas peças para um público cool e irreverente, formadores de opinião que procuram estilo próprio.  www.homjstore.com Blondie, de Lorran Augusto  O designer de moda brasileira que já passou pela Esmod de Paris e Central Saint Martins em Londres, tem hoje sua própria marca Lorran Augusto, baseada nas bombshells, de personalidade forte que acredita na união entre o sexy e a elegância. O colete confeccionado com o índigo Blaine da Vicunha recebe uma proposta glam-rock anos 80, com pedrarias bordadas à peça, demonstrando a feminilidade e presença marcante da mulher. Os fechamentos foram arrematados com botões de metal em ônix mantendo ainda o contraste entre o “rocker” e o estilo “ladylike”. Break the Lines de Angels Le Four A artista plástica espanhola Angels Le Four criou a jaqueta de forma a associar a peça à luta e rebeldia, (talvez por causa de sua textura e história e as diferentes épocas que marcaram a moda), e escreveu as palavras "quebrar as linhas ", uma declaração clara e direta. A ideia é enfrentar as barreiras infinitas que cercam a todos, impondo limites a tudo. "Quebrar as Barreiras" é o slogan que visa a revitalização da paleta de cores infinitas e possibilidades que o mundo tem para oferecer.